‘Não dá para fazer arte com um aplicativo’, diz Guillermo Del Toro sobre uso de IA

“O que considero mais opressor é ouvir pessoas dizendo: ‘você pode fazer arte com um aplicativo’. Me desculpe, mas não pode”, afirmou Del Toro
Del Toro, que apresentará sua aguardada adaptação de Frankenstein no Festival de Veneza, reforçou que a arte exige envolvimento humano genuíno / Foto: Netflix

Durante um painel na San Diego Comic-Con, o cineasta Guillermo Del Toro — conhecido por obras como O Labirinto do Fauno e A Forma da Água — fez duras críticas ao uso da inteligência artificial na criação artística. A fala, recebida com aplausos pelo público, expôs a preocupação do diretor com o avanço da tecnologia no campo da arte.

“O que considero mais opressor é ouvir pessoas dizendo: ‘você pode fazer arte com um aplicativo’. Me desculpe, mas não pode”, afirmou Del Toro. Segundo ele, a IA impede que o artista conduza o processo criativo do início ao fim, comprometendo a integridade da obra.

Del Toro, que apresentará sua aguardada adaptação de Frankenstein no Festival de Veneza, reforçou que a arte exige envolvimento humano genuíno. “Quando dizem isso para você, estão dizendo que a arte não importa tanto assim. Mas importa. Personalidade, conhecimento e emoção são três elementos fundamentais — e eles não vêm de um aplicativo”, declarou.

As declarações do cineasta ocorrem em meio à crescente popularização da IA em Hollywood, especialmente nas etapas de pós-produção. Ao mesmo tempo, a tecnologia tem provocado controvérsia no universo artístico, como no recente caso de usuários que reproduziram em massa o estilo do Studio Ghibli em fotografias geradas por IA, gerando debates acalorados nas redes sociais.

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