
Wagner Moura, 49, reafirmou sua posição política, mas criticou a pressão para que todos os artistas se manifestem publicamente nas redes sociais. Em entrevista ao jornal O Globo, o ator declarou: “Tenho resistência à cobrança para que artistas se posicionem. Ninguém tem que falar, porque, quando fala, tem que segurar o rojão. Não é pra todo mundo.”
Moura, que frequentemente se expressa politicamente e já recebeu críticas por isso, disse compreender quem opta por não se posicionar.
Ele também afirmou que toda forma de arte tem um componente político, ainda que não de maneira explícita. Para ele, a política na arte está nas emoções, nas escolhas e nas histórias que se contam: “Vamos bulir com alguma coisa dentro de você, transformar, fazer pensar. Isso é política no meu jeito de ver. Todos os meus personagens são eu, as minhas emoções, como vejo as coisas. O que a gente vê na arte não é política. Ela está por trás.”

O ator acredita que o ponto de partida deve ser sempre o humano, e não o discurso direto: “Queremos é ver o humano, nos identificar. Se me ponho vulnerável, se me exponho de forma que a pessoa consegue se ver, começa o jogo. Ela vai ver, a partir desse caminho, os aspectos políticos, tudo que vem depois. Primeiro tem que ter a gente, senão vira uma coisa chata de gente falando de política.”