Tabajaras descalça

Texto de Beatriz Ellen, graduanda em Letras e escritora independente
Compartilhar
Texto e foto de Beatriz Ellen

o brilho veemente da maresia se esconde entre os cabelos negros da Tabajaras
desde ouriços do mar à tentáculos desajeitados
o coração pulsa sob a estrutura desajustada das calçadas

é um tanto quanto réstia de sol
soando desde residências à boêmia central
criativa num sonho noturno, face a face com o nosso sublime litoral

Tabajaras, meu carnaval, assobie teu nome por onde quer que estejas
continue sendo parte da cidade e suas lembranças
lembre-se da sua chegada em Fortaleza
Tabajaras, por favor, nunca me esqueças
ainda tenho alguns goles de cerveja e versos para embalar dragões e mares

é um tanto quanto bunmi
compondo o nascimento de experiências vividas
nordestina num sonho cultural, face a face com o Piauí

adormeço ao encostar-me sob a cama marejada
esta noite sonho com cataventos, onde a jornada é o que tenho em mãos:
Fortaleza descalça, do poeta cearense Otacílio de Azevedo
mas agora, os meus e os teus olhos admiram-se de uma coisa só:
Tabajaras descalça e sua réstia de maresia, de muitas, muitas coisas antigas.

Acompanhe o Veredas e fique por dentro de tudo!

ASSUNTOS

Publicidade

Mais lidas

Publicidade