Um ano após sua estreia, “Ainda Estou Aqui” continua colecionando prêmios. O mais recente é a eleição como melhor filme do ano pela FIPRESCI, a Federação Internacional de Críticos de Cinema. É a primeira vez que um filme brasileiro conquista a honraria mais importante da instituição, que contou com votos de 739 jornalistas de 75 países em uma votação online.

O Grand Prix, ou grande prêmio, criado em 1999, reconhece o filme mais apreciado pelos críticos ao longo do ano. A entrega será feita na sessão de abertura do 73º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián, no próximo dia 19 de setembro, com a presença do diretor Walter Salles.

Entre os vencedores anteriores estão nomes como Jean-Luc Godard, Pedro Almodóvar, Alfonso Cuarón, Paul Thomas Anderson e Yorgos Lanthimos.

O próprio Walter Salles já havia sido reconhecido pela FIPRESCI, em 2018, com um prêmio pelo conjunto da obra, dedicado a cineastas da América Latina.

Além disso, Ainda Estou Aqui foi selecionado para mais de 60 festivais e já recebeu mais de 60 prêmios no Brasil e no exterior, incluindo o Oscar de Melhor Filme Internacional, inédito para uma produção brasileira, e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Filme de Drama, concedido a Fernanda Torres.

Recentemente, a Academia Brasileira de Cinema consagrou o longa como o maior vencedor do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro (Grande Otelo), com vitórias em categorias como melhor longa de ficção, direção, roteiro adaptado, atriz, ator, fotografia e prêmios técnicos.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, o filme retrata a história de Eunice Paiva (Fernanda Torres), mulher que lutou pelo reconhecimento da morte de seu marido, Rubens Paiva, durante a ditadura militar.