
Criada em 2013, a franquia Invocação do Mal se firmou como um marco do terror contemporâneo ao apresentar ao público os investigadores paranormais Ed e Lorraine Warren. Ao longo dos anos, o universo se expandiu com continuações e spin-offs de grande sucesso, construindo um legado de sustos, emoção e bilheterias expressivas. Agora, com estreia marcada para hoje, 04/09, Invocação do Mal 4: O Último Ritual encerra a trajetória dos Warren em um desfecho aguardado pelos fãs, consolidando a franquia como a mais lucrativa do gênero, com bilhões de dólares arrecadados em todo o mundo.
O novo longa é ambientado em 1986. Ed, debilitado após um ataque cardíaco, e Lorraine já não atuam como investigadores e dedicam-se a palestras em eventos e universidades. No entanto, a dupla é convocada para um último — e mais perturbador — caso, em que manifestações demoníacas atormentam a família Smurl em uma casa na Pensilvânia.
A trama também nos apresenta a filha do casal, Judy Warren (Mia Tomlinson), e seu namorado Tony, vivido por Ben Hardy. Os novos personagens e a própria trama dos Smurl trazem uma dimensão familiar e emocional que aprofundam o gênero do terror a um novo nível, desta vez mais dramático e até sensível.

Assim como nos filmes anteriores, a entrega de Patrick Wilson e Vera Farmiga é o grande trunfo do longa. A química entre os dois é eletrizante e envolvente, sustentando a densidade da narrativa, especialmente nas sequências mais tensas e com mais ação. O vínculo entre Ed e Lorraine, construído ao longo dos anos, transforma o terror em uma experiência de amor, fé e laços.
No entanto, O Último Ritual não se destaca pelo frescor dos primeiros filmes da franquia. A fórmula clássica da casa mal-assombrada soa familiar demais e reaparece de uma forma competente, mas sem ousadia, que, sob o olhar do diretor Michael Chaves, deixa de lado inovações. Ainda assim, o longa imprime um tom sombrio, com momentos brutais, e entrega um capítulo satisfatório para a série, que mantém uma legião de fãs por mais de uma década.
Ainda que Invocação do Mal 4: O Último Ritual não seja o grande destaque da franquia, é um encerramento digno para a saga do casal Warren, com direito a sustos, atmosfera envolvente e atuações impecáveis de seus protagonistas. É um final respeitoso para personagens que já deixaram sua marca na história do cinema de terror, honrando uma trajetória de anos e abrindo espaço para, quem sabe, uma nova fase desse universo.