
A cantora Nana Caymmi faleceu ontem, quinta-feira, 1º, aos 84 anos, no Rio de Janeiro. A morte foi confirmada por seu irmão, o também músico Danilo Caymmi. Internada desde agosto do ano passado na Clínica São José, em Botafogo, zona sul da capital, Nana tratava uma arritmia cardíaca e enfrentava um quadro de saúde delicado, com várias comorbidades.
“É com muito pesar que comunico o falecimento da minha irmã, Nana Caymmi. Estamos todos muito abalados. Foram nove meses de sofrimento no hospital, entre internações e UTI. Um processo muito doloroso”, disse Danilo em um vídeo publicado nas redes sociais.
Ele também pediu que a notícia fosse compartilhada com os fãs da cantora em todo o país. “O Brasil perde uma grande artista, uma das maiores intérpretes que este país já viu — em sentimento, em tudo”, disparou.

A carreira de Nana Caymmi
Com uma voz marcante e um estilo inconfundível, Dinahir Tostes Caymmi, conhecida como Nana Caymmi, trazia no sangue o talento de uma família que é referência na música brasileira: filha do compositor e cantor Dorival Caymmi e da cantora Stella Maris, iniciou sua trajetória artística nos anos 1960.
Ao longo de sua carreira, Nana lançou 27 álbuns — dois deles ao vivo — e eternizou canções como Só Louco, Não se Esqueça de Mim, Cais, Resposta ao Tempo e Ponta de Areia.
Em 2016, afastou-se temporariamente dos palcos após uma cirurgia para remoção de um tumor no estômago. Três anos depois, voltou aos estúdios com um disco dedicado à obra de Tito Madi. Em 2020, gravou um novo álbum com canções de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Já em 2024, participou da gravação da faixa Canário do Reino, ao lado de Renato Braz, em homenagem a Tim Maia.