Abertura da Mostra de Tiradentes discute regulação de plataformas

Programação do evento prevê a exibição de 140 filmes de 21 estados
A Mostra de Cinema de Tiradentes, organizada pela Universo Produção desde 1998, iniciou sua 28ª edição / Foto: Leo Lara

Na cerimônia de abertura da 28ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes, realizada na última sexta-feira, 24, a coordenadora-geral Raquel Hallak dedicou parte de seu discurso à defesa da regulação das plataformas digitais, especialmente as de streaming. Segundo ela, a questão é urgente.

“Vamos amplificar nossas vozes para consolidar o audiovisual como central no Brasil e para que o Congresso e a sociedade compreendam a urgência da regulação das plataformas de conteúdo digital. Não podemos mais adiar essa conquista”, afirmou, recebendo aplausos da plateia.

Dada a complexidade do modelo de negócios das plataformas e a proliferação de informações falsas nas redes sociais, a regulação das grandes empresas de tecnologia (big techs) tem sido um tema defendido por muitos profissionais e pesquisadores de comunicação. No setor audiovisual, a discussão cresce à medida que mais filmes e séries são produzidos para o formato online.

Raquel reforçou sua posição, dizendo: “Acreditamos que um marco regulatório bem estruturado equilibrará interesses comerciais com responsabilidade e transparência, garantindo práticas justas e criando um ecossistema digital que beneficie a todos”.

O evento também contou com a assinatura de um termo que oficializou a destinação de R$ 6 milhões do Fundo Especial do Ministério Público de Minas Gerais (Funemp) para o Projeto Cinema sem Fronteiras, que engloba as mostras organizadas pela Universo Produção, como a de Tiradentes, Ouro Preto (CineOP) e Belo Horizonte (CineBH). Este é o primeiro ano em que os eventos contarão com recursos do Funemp.

Em seu discurso, Hallak enfatizou o audiovisual como setor estratégico para o desenvolvimento do país e destacou o crescimento da economia criativa no mundo. “A Mostra de Tiradentes é um ponto de convergência entre sonhos e realidade, entre o imaginário e o visceral, refletindo o cinema brasileiro contemporâneo como um retrato autêntico do país”, afirmou.

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