“Wicked: For Good” chegou na última quinta-feira, 20, e entregou um encerramento épico ao clássico da Broadway. Enquanto no primeiro ato conhecemos a amizade entre Glinda e Elphaba, interpretadas por Ariana Grande e Cynthia Erivo, respectivamente, agora somos conduzidos a uma narrativa que preserva o charme original ao dialogar diretamente com os fãs, mas sem abrir mão da própria identidade.
Assim como no antecessor, For Good aprofundou camadas dos personagens e deu mais força à história. O destaque, desta vez, foi Ariana Grande, que surpreendeu pela entrega emocional e pela maturidade vocal. Sua presença deu vida a uma Glinda mais complexa, explorando uma personalidade que vai além do estereótipo da “garota perfeita” e ampliando sua importância no eixo moral da trama.
Do outro lado do protagonismo, Cynthia Erivo sustentou a vulnerabilidade que impulsiona o coração dramático do filme. Juntas, elas entregaram uma química que só cresceu com o tempo, uma dinâmica eletrizante e, sem dúvida, uma das melhores escolhas de elenco dos últimos anos.
Logo, os números musicais repetiram a fórmula do primeiro filme: foram impecáveis e deslumbrantes tanto pela sonoridade quanto pelo visual, evocando o impacto da montagem teatral, como na potente “No Good Deed”, agora com uma força cinematográfica que o palco não alcança.
Ainda assim, as novas canções “Girl in the Bubble” e “No Place Like Home”, embora competentes, acabaram ofuscadas pelo brilho dos clássicos. Faltou a elas o magnetismo dos grandes hits e, em vez de adicionarem mais peso à trama, soaram como chaves criadas para abrir espaço a possíveis prêmios.
Fiel ao espetáculo, o longa ampliou suas ambições narrativas. Mesmo sem resolver algumas “pontas soltas” deixadas pela versão teatral, o filme entregou emoção, espetáculo e profundidade. No fim, “Wicked: For Good” foi um presente para os fãs e um convite ao novo público. Ria, chore e realmente adentre no universo de Oz. Estamos presenciando o surgimento de um legado que promete ficar marcado na história do cinema.
