
O Maracatu Nação pode se tornar o oitavo bem cultural brasileiro a ser inscrito na Lista Representativa do Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco.
Na segunda-feira, 31, os Ministérios da Cultura e das Relações Exteriores entregaram o dossiê oficializando a candidatura do Maracatu Nação, também conhecido como Maracatu do Baque Virado, ao Comitê Intergovernamental da Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco, que deve avaliar o pedido até o final de 2026.
A elaboração do documento contou com a colaboração de pesquisadores do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco, mestres da tradição cultural e representantes da Associação dos Maracatus Nação de Pernambuco e da Associação dos Maracatus de Olinda, com trabalho iniciado em 2021.

Entre os requisitos para figurar na Lista da Unesco, estão a inscrição do bem como patrimônio imaterial pelo Iphan, a elaboração de um plano de salvaguarda e o envolvimento dos detentores da cultura no processo.
Reconhecido como patrimônio cultural do Brasil em dezembro de 2014, o Maracatu Nação é uma manifestação artística popular e carnavalesca da região metropolitana do Recife. O cortejo real, acompanhado por um conjunto musical percussivo, remonta às antigas coroações de reis e rainhas do antigo Congo africano e é composto, em sua maioria, por negros.
Atualmente, sete bens culturais brasileiros estão na Lista Representativa da Unesco: o samba de roda do Recôncavo Baiano, as expressões orais e gráficas dos Wajapis, o frevo, o Círio de Nazaré, a roda de capoeira, o Complexo Cultural do Bumba Meu Boi do Maranhão e o modo de preparar o queijo minas artesanal.